Sou mãe em uma união homoafetiva e fiz reprodução assistida: posso registrar meu filho mesmo não sendo a mãe biológica?
- Camila Masera
- 15 de jan.
- 2 min de leitura

Se você vive em uma união homoafetiva e busca informações sobre direitos na reprodução assistida, confira este artigo para entender a legislação a respeito. Em 2024, uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) trouxe avanços importantes para as famílias formadas por casais homoafetivos.
Registro civil para mãe não biológica em união homoafetiva
O STJ decidiu que a mãe não biológica pode registrar o filho gerado por inseminação artificial com sêmen doado. Essa decisão reconhece a maternidade de quem não participou diretamente da gestação, mas faz parte da união estável e do planejamento familiar.
No caso analisado, o casal realizou uma inseminação artificial caseira, o que não é regulamentado, mas foi validado pelo tribunal. O entendimento foi baseado no melhor interesse da criança e no direito ao planejamento familiar.
A experiência de Ludmilla e Brunna
Um exemplo marcante de reprodução assistida em casais homoafetivos é o de Ludmilla e Brunna. O casal escolheu o método de recepção de oócito da parceira (ROPA), em que uma mãe doa o óvulo e a outra gesta o bebê. Esse processo possibilita que ambas se sintam diretamente conectadas à maternidade.
Ludmilla forneceu os óvulos, que foram fertilizados com sêmen de doador. Em seguida, eles foram implantados no útero de Brunna, que gestou o bebê. Esse método é uma opção para muitas famílias que desejam compartilhar a experiência da gestação.
Avanços no reconhecimento de direitos
A decisão do STJ reforça a igualdade entre famílias homoafetivas e heteroafetivas. Desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo em 2011, direitos como a reprodução assistida vêm ganhando espaço.
O registro civil com os nomes das duas mães é um passo importante para garantir proteção e segurança jurídica às crianças e suas famílias.
O que você precisa saber
Se você faz parte de um casal homoafetivo e planeja formar sua família por reprodução assistida, vale consultar um advogado especializado em Direito de Família. Assim, você pode entender as opções disponíveis e garantir que todos os direitos sejam respeitados.
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